segunda-feira, junho 06, 2005

Os Livros e as Rosas

Olho para uma sacola
Jogada ao canto,
E, nela deposito
Todas as esperanças do
Que já não fui.

Esqueço em seu interior,
O passado já partido,
O momento tão vivido,
A lembrança que já se foi!

... Tudo é passado,
Como as lembranças
Da bilbioteca que somos...
...
Nada mais passamos, senão,
De amontoado de livros de memórias,
Das alegrias e dores,
Vitórias e desilusões...
Ai, como somos...

Minhas prateleiras empoeiradas,
Guardam os volumes que vivi,
E quando os leio,
Vejo que o passado vem e vai,
Na forma das flores
De meu jardim de emoções...
Ai, que rosas lindas eu sou!

E, nos passos loucos que dou,
Nada mais sou que andarilho
Buscando o que não sabe,
Nem quem ao menos é...
... mas busca sempre...
... quem sabe se encontrará, um dia,
Quando avistar a Bela Biblioteca,
Cercada de um jardim de
Rosas em botão!


Jorge Alberto Neves*
23/06/2004 - 12:28:04


*obra protegida por copyright

Uma Mulher Ao Leito

Mulher que deitas ao leito comigo,
Tu és a tela onde minha obra eu crio
A folha em branco onde meus versos rabisco
E teu corpo é a argamassa onde fêmea eterna
A tenho para sempre no cio!

Tuas curvas desbravo
Tal qual um conquistador insaciável.

Teus segredos, revelo,
Para então, dominar-te inteira!

Tu és menina,
Tu és idosa,
Tu és madura,
Mas sempre serás mulher!

No teu sorriso ingênuo
Crio o gemido do prazer proibido,
E em teu olhar infantil
O espanto ao teu corpo, por completo invadir!

A ti, minha formosa deusa,
Sejas Demônio, Musa ou Ninfa,
Aceita este poeta que em toscos versos te pinta
A dizer a paixão e desejo que em meu coração habita!


Jorge Alberto Neves*
12/09/2004 - 11:55:10


*obra protegida por copyright