sábado, outubro 01, 2005

Bites & Bytes

Às vezes me pego
Discorrendo sobre bites e bytes
Em uma forma decadente
Como se não mais houvesse esperança
Ou idéia do que se fazer
Em um futuro que não sabemos se virá!

E mergulhando em redes e servidores,
Faço os uploads de idéias
Ao passo em que realizo
O download daquilo
Que os outros pensam de mim...!

É impossível estar só,
E para mim isso me é
Como uma tortura insana...

Tudo conectado!

Todos interligados aos roteadores,
Prendendo-nos às redes e sistemas
Até perdermos a mínima identidade de nós mesmos!
Para sermos, ao final,
Nada mais do que bites e bytes
Perdidos em uma série lógica de um dísco rígido qualquer!


Jorge Alberto Neves*
16/09/2005 - 11:22:55


* obra protegida por copyright

Foste Embora de Manhã

Depois de buscar entre os lençois
E as roupas jogadas ao chão,
Sem cerimônia,

Busquei o que de mim levaste,
Ao acordar de nosso delírio em luxúria!

Nada vi que não me fizesse a menor falta,
Somente em volúpia tu roubaste minh'alma!
A inspiração de tuas palavras,
Nelas vejo o meu criar...

Como no bailado mágico
Que ainda há pouco dançávamos,
Entre sussurros, gemidos e juras,
Explodindo em gôzo puro e alucinado!

De mim, levaste a alma de um santo!
Deixaste a vontade de desejar-te para sempre!

Foste embora de minha cama,
Antes que o sol raiasse,
Deixas em minha cama e peito,
A lembrança de nosso Amor,
Em prazer e e gôzo devorado!!!


Jorge Alberto Neves*
01/09/2005 - 07:30:00


*obra protegida por copyright

Enamorados

O Amor e o Desejo me atormentam a Alma
No momento em que um me abandona
E o outro insiste em me escravizar!

E, na angústia da batalha há muito perdida,
Já nada mais espero senão as lágrimas
Dos amantes de coração partido
Confundindo a Paixão tão intensa e desmedida,
Com a doçura de juras eternas e inocentes
Pronunciadas pelos enamorados à luz da Lua!


Jorge Alberto Neves*
23/09/2005 - 12:11:09


*obra protegida por copyright

domingo, setembro 11, 2005

O Desejo de Um Menino

Queria ser poeta um dia
Para dizer às pessoas do mudo
como amo à vida, ainda que sofrida,
Vivida e gasta em singelo segundo

Embalar namorados nos versos amorosos
provocando juras e promessas de amor eterno
permitindo a eles, neste momento gostoso
viver suas vidas sem lembrar do mundo externo.

Assim, como poeta, seria imenso!
Fazendo da vida alheia algo mais bonito
permitindo a eles viver por intenso

O amor puro, completo, infinito!
Dando frutos, exemplo, quando penso
No calor do amor em verso escrito!


Jorge Alberto Neves*
04/02/2003 - 09:39:02


*obra protegida por copyright

O Guerreiro Sem Batalhas

Eu sou um guerreiro sem batalhas,
Largado e esquecido,
Abandonado à sorte,
Sem ao menos ter inimigos a enfrentar.

Os que me amavam e admiravam
Já se foram com os anos que
A tudo corroem e apagam,
Nem lembranças, nem alegrias, nem dores.

Não há mais preces para que volte vivo!
... não há mais velas acesas e
promessas a serem feitas aos Deuses...
Apenas a dor do ser inútil,
Improvável, obsoleto, derrotado...
... o guerreiro vencido pelo tempo!

Nada mais sou senão a lembrança
De meus feitos heróicos.
Sou os versos que compunham aqueles
Que tinham em conta os meus atos!

E hoje, que não há preces, nem velas,
Nem canções, nada sou senão sombra
Alheio a tudo...

Resumido a um inútil guerreiro sem batalhas...!


Jorge Alberto Neves*
13/05/2002 - 00:00:30


*obra protegida por copyright

A Criança

Foi naquelas mãos infantis
Onde depositei minha vida...
Com um sabor de certeza
Na glória que meu coração alcançaria!

Absolutamente lúcido, entreguei
Minh’alma alucinada
Num sorriso lindo vindo
De lábios tão novos, intocados!

Meus sonhos não se foram...
Ainda agora os vi no peito
Da criança feliz...

Cintilavam feito estrelas da Alta Noite
Como a Via Láctea a banhar o Céu.
E, agora, encontro-me feliz!

Encontro-me naquela criança linda,
Mágica, multiforme,
Sou pleno, cheio, sou eu!

Achei meu coração no peito inocente...!
Encontrei-me na criança feliz que fui!


Jorge Alberto Neves*
04/02/00 – 13:34:05

* obra protegida por copyright

quinta-feira, agosto 18, 2005

Os Olhos, o Prazer e o Pequeno Instante

Em um momento em que te fito os olhos,
Já me perco em pensamento solto,
E repouso frouxo, por um instante
Em minha solidão eterna e nua.

No momento em que meus lábios te tocam,
Me faço eterno e por inteiro.
Viajo o meu bater o peito, forte,
E o ar que me entra e sai com força
Da emoção que me embriaga!

No instante em que teu corpo eu possuo,
Me faço eterno em ritual sagrado,
Repetido por todas as eras,

E, fitando teus olhos, beijando tua boca,
Adentrando tua carne, por completo,
Morro por um singelo instante,
Quando perpetuando o melhor que há em mim,
Explodo em prazer em ti!
...
Te embalo em gozo sem juízo...
... te transformo de menina em mulher
Que, no simples momento de um bailar frenético,
Se faz eternamente minha, na doce lembrança
Que habitará para sempre em meu coração!


Jorge Alberto Neves*
16/08/2005 - 11:37:38


*obra protegida por copyright

quinta-feira, agosto 04, 2005

A Menina e a Dor

Não há o que temer nas trevas,
Se em nosso peito habita a Luz!
... Quando há Amor em nossos olhos,
Todos os caminhos se tornam claros...

Tudo são fases e a roda sempre gira...
Nunca para... nunca cessa...
Vamos e voltamos para o porto de
Nossas Infâncias perdidas...

Sei que o mostrar é da tua natureza,
Porém, cuidar-se e recolher-se,
Em alguns momentos sofridos,
É a mais sábia das ações
Quando em nosso peito nos toca a Dor!

Este caminho sombrio e de medos!
Este trilhar tão sofrido e dilarecante...
A Dor!

Siga teus passos, menina inocente...
Que em teus braços
Virá a Paz e a Ternura,
Como eternas companheiras de teus dias!


Jorge Alberto Neves
*
04.08.2005 - 17:37:31


*obra protegida por copyright

quarta-feira, julho 27, 2005

Te possuirei um dia

Te possuirei um dia
Em lençois de algodão
E puro cetim!

Com teu corpo sob o meu,
Para viajar contigo
Os nomes do prazer
E ir alem...!

Ancorar meu barco, depois,
Em um porto seguro
Em teus braços...

Fazer-me navegante
Em tua forma nua
Para repousar solto, depois,
Em teu peito a bater forte em Amor!


Jorge Alberto Neves*
16.09.2004 - 00:28:00


*obra protegida por copyright

Os Rabiscos e a Mesa

Riscaria meus poemas
Em tua pele nua se pudesse!
Fazendo de ti,
O grande livro de meus delírios eróticos,
Posta em uma mesa de banquetes,
Para, após escrita,
Seres o alimento de minha volúpia,
Em Êxtase e Luxúria,
Pois eu te sorveria inteira, se deixasses!

Em ti, eu fugiria no tempo!
Bincaria com os momentos
Imensos de meus gôzos intensos
Quando te faria minha fêmea,
Minha escrava, meu deleite...

E, ainda posta em minha mesa de banquetes,
Ao abrir mágico de tuas pernas intensas,
Mergulharia no delírio
De teu corpo enfeitiçado e doce
Para nunca mais me achar,
Porque em Luxúria imensa
Tu e eu iríamos nos perder!

Teu corpo, meu livro!
Tuas coxas, meu repouso!
Nosso ballet, uma dança dos Antigos!
Nosso gemido, o uivo primitivo
Do primeiro homem a gozar!

Que seja sagrado o momento
Em que te adentro!
E se com a pena e a tinta
Rabisco meus delírios em tua pele,
É porque, com meu sexo,
Para sempre hei de te fazer minha!


Jorge Alberto Neves*
16/07/2005 - 15:03:00


*obra protegida por copyright

sábado, julho 02, 2005

O Cavaleio e a Paixão

Sou um cavaleiro errante
De todos os caminhos que desconheço!
Busco a todos, em todo instante...
Luto por uma dor que não mereço!

Ao toque de minha espada
Mulher minha, tu donzela, então serás!
E da terra tão distante, imaginada
Em meu peito, tua morada, encontrarás!

Minha mente, tu habitas, já sem pressa!
E meu corpo é o templo em que vives!
És a dor e a paixão que não cessa!
És a glória da vitória que obtive!

Contra o monstro da desgraça revelada
Minha amada alí ferida, abandonada.
Ao tomá-la contra o peito, ensanguentada!
Tive em ti, minha paixão já revelada!


Jorge Alberto Neves*
(sem data)


*obra protegida por copyright

Me Manifesto Em Volúpia

Me manifesto em volúpia
Mergulhado em uivos,
Gemidos e sussurros
Embebidos em água, suor e saliva,
Enquanto te penetro
Vivendo em orgasmo delirante!

O quarto, incensado
Com nosso cheiro de amor,
É o Templo de nossa devassidão
E luxúria!

E tu, minha loba no cio,
Com teu corpo em minhas mãos,
Vou embalado em teu
Cheiro de fêmea
Penetrando teu sexo
Enquanto sorris olhando para mim!

Me pareces anjo,
Mas és um demônio
Pedindo e implorando meu
Líquido precioso em tuas coxas
Para depois oferece-lo em holocausto
No altar consagrado aos Deuses!

Nosso ritual é a viagem que
Realizo contigo, e cada passo,
Sem hesitação ou covardia,
É meu caminho do prazer da dor
No labirinto que sou eu
Tentando encontrar a mim mesmo!

E, depois,
Não terei a dor da saudade
Pois esta não cabe em meu peito.
Não haverá solidão após nosso ato de amor...

Para sempre estarei em ti
... Para sempre estarás em mim...
Ungidos pelo gozo de
Nossa paixão
Incensados pelo cheiro da última noite!


Jorge Alberto Neves*
03.10.2004 – 15:46:04


*obra protegida por copyright

Ninho do Prazer

Em amarras explodo
Já no ninho, escondido
Entre braços e pernas abertas
Vou abrindo teu doce caminho!

Teu sorriso é o farol que me guia
Neste oceano que é teu corpo infindo
Em tuas águas mergulho sem dor
E penetro teu corpo com amor!

Sorvida serás neste ninho louco!
E, aos poucos, tua carne me será servida!
De teu sangue matarei minha sede
E, em teus pelos, perderei minha língua!

Vencida, estarás ao final!
Ofegante e suada ao extremo!
Neste ninho de pecado e doçuras!
Pois, teu corpo eu sorvi por inteiro!!!


Jorge Alberto Neves*
07/12/2004 - 17:15:19


* obra protegida por copyright

segunda-feira, junho 06, 2005

Os Livros e as Rosas

Olho para uma sacola
Jogada ao canto,
E, nela deposito
Todas as esperanças do
Que já não fui.

Esqueço em seu interior,
O passado já partido,
O momento tão vivido,
A lembrança que já se foi!

... Tudo é passado,
Como as lembranças
Da bilbioteca que somos...
...
Nada mais passamos, senão,
De amontoado de livros de memórias,
Das alegrias e dores,
Vitórias e desilusões...
Ai, como somos...

Minhas prateleiras empoeiradas,
Guardam os volumes que vivi,
E quando os leio,
Vejo que o passado vem e vai,
Na forma das flores
De meu jardim de emoções...
Ai, que rosas lindas eu sou!

E, nos passos loucos que dou,
Nada mais sou que andarilho
Buscando o que não sabe,
Nem quem ao menos é...
... mas busca sempre...
... quem sabe se encontrará, um dia,
Quando avistar a Bela Biblioteca,
Cercada de um jardim de
Rosas em botão!


Jorge Alberto Neves*
23/06/2004 - 12:28:04


*obra protegida por copyright

Uma Mulher Ao Leito

Mulher que deitas ao leito comigo,
Tu és a tela onde minha obra eu crio
A folha em branco onde meus versos rabisco
E teu corpo é a argamassa onde fêmea eterna
A tenho para sempre no cio!

Tuas curvas desbravo
Tal qual um conquistador insaciável.

Teus segredos, revelo,
Para então, dominar-te inteira!

Tu és menina,
Tu és idosa,
Tu és madura,
Mas sempre serás mulher!

No teu sorriso ingênuo
Crio o gemido do prazer proibido,
E em teu olhar infantil
O espanto ao teu corpo, por completo invadir!

A ti, minha formosa deusa,
Sejas Demônio, Musa ou Ninfa,
Aceita este poeta que em toscos versos te pinta
A dizer a paixão e desejo que em meu coração habita!


Jorge Alberto Neves*
12/09/2004 - 11:55:10


*obra protegida por copyright

sábado, maio 28, 2005

Tempo Ocioso

I

No tempo que passa
Dos minutos que espero,
Navego meus mundos perfeitos
Pensando encontrar grande coisa!

No vazio que se fez,
Encontro um nada em mim mesmo!
Estou tão vazio,
Tão sozinho e tão distante,
Que já nada encontro,
A não ser um rosto alheio
Olhando para mim em um espelho!

Quem me dera encontrasse um amigo!
Como confortaria a doce palavra,
De um olá qualquer...!
Mas eis que eu, tão mortalmente ocioso,
E já há muito longínqüo,
Me perco em versos tristes
Enquanto os minutos passam e
Não os vivo!


II

Ainda agora, me veio uma vontade,
Daquelas que nos anima o peito
E nos enche de orgulho!

A vivi em intenso e frenético segundo
Que, depois, foi seguido,
Pela dor de um nada ter realizado!

Meu coração não tão novo e dolorido,
Carente em sua ânsia de a tudo amar,
Faltou ao dever de desejar
Aquela vontade incontida!

Nada fez e nada se produziu!
Jaz, agora, a vontade morta
Entre escombros de mágoa,
Junto a moribundos bens-me quer de alguem!

Sorri em seu momento último!
Vai-se embora pois da vida
Só a mágoa, com doçura, lhe visitou...!


Jorge Alberto Neves*
27/05/2005 - 17:29:54


*obra protgida por copyright

segunda-feira, maio 16, 2005

Transcendental

Às vezes desejo me transportar pelo tempo-espaço,
Sentir o correr do tempo...
Ver o innexplicável, sentir o incrível...

O cosmos emana energia
Que faz com que eu prossiga a viagem;
Sou um cosmos dentro do Cosmos...

E nessa energia transcedental,
Me guio no tempo,
Vejo as descobertas... as guerras...
O início da vida, que nasce em mim agora.

Essa energia que chega até mim
É pura e me faz crescer, expandir...
E EXPLODIR... feito uma estrela supernova
Virar pó na ânsia de viver...

...Agora sou a própria energia transcedental
Que vaga agora pelo universo
Procurando algo essencial...

Em mim, nascerão outras estrelas
Como a Phoênix das cinzas
Que me ajudarão na procura...

Sou livre, solto... sou eu...
No sentido completo do Eu...
... À procura do Amor.


Jorge Alberto Neves*
1982


*obra protegida por copyright

sexta-feira, maio 13, 2005

O Sonho e A Vigília


I

A fronteira entre minha fé
E a descrença,
Nada mais é do que
Espasmos insanos
Em meio à lucidez idiota
Que os outros esperam de mim!

E entre os sonhos e a realidade,
Vou cambaleante entre sombras
Perdidas em minha mente
Agonizante...
...!
Já sou demente ao não
Sentir ao nada em mim mesmo!

Qual nada mais vale
Senão passar eras entre
Os sonhos e a vigília...

II

Vivo meus sonhos
Como fuga do presente que não sou!

A vida que tenho,
Me a desejaram!

Da vida que gostaria,
As chances me as aprisionaram!

A vida que tive,
Colocaram-na em um porta-retrato, na estante...

Nos suspiros e nas lágrimas
Que ora correm por meu rosto,
Deposito a esperança
De um dia acordar...

O que querem? O que realmente
Desejam eles?

Ainda não sei...
Apenas sinto os grilhões
Às minhas mãos apertar!


Jorge Alberto Neves*
18/02/2005 - 10:48:25

*obra protegida por copyright

quarta-feira, maio 11, 2005

Vadio, Errante, Perdido!

Quem me dera fosse eu um vadio ao canto
Deitado à relva, observando tuas formas nuas
Para depois deitar sobre teu corpo quente
E dar um sentido à minha existência errante...

Quem me dera pudesse ser largado e sem rumo,
Para, ao final da jornada, depois de tudo,
Poder encontrar meu destino em teu seio de fêmea-mãe eterna...

Quem me dera, vadio que sou, poder ser completo e intenso
No bailar de teus quadris ao dançar entre tuas coxas divinas...

Quem me dera pudesse eu fazer-me eterno
Ao ter-me a semente depositada em teu ventre...

Quem me dera, vadio, errante, perdido, encontrar meu último destino e propósito,
No dar-te o prazer extremo do tesão sublime!

Quem me dera... Ah, meu Deus... Quem me dera!


Jorge Alberto Neves*
01/10/2004 – 22:31:00


* obra protegida por copyright

segunda-feira, maio 09, 2005

Poesia

Meu amor que nunca vem
Nunca parte, nunca volta,
É minha tortura insana
Dos desejos que não possuo
Negando a mim mesmo
Como ao amante,
Chorando sua partida eterna
Sem jamais, nem nunca
Ter partido!

Meu mundo plástico e de ilusão,
Me embala como presente aos Deuses,
Em meu sacrifício profano da paixão
Que já se foi e nunca volta...

E onde estou, não importa!
Apenas não sou, não importa!
Todo o tempo, será talvez,
Mas não importa!

O tempo passou para
O meu amor partido,
Já ido!

Foi-se de mim,
Como nunca perdi ninguem!


Jorge Alberto Neves*
15/09/2003 - 11:58:12

*obra protegida por copyright

"Everything That Has a Beginning, Has an End"

I've started this blog in order to post my poems, my thoughts and anything I consider valuable, in English and Portuguese.

Hope you all enjoy it!

Best regards!!!

Jorge