sábado, outubro 30, 2010

Soneto de "Bom Dia"

Um dia que começa,
E como a luz que dispersa o sono,
Ou as vozes que te esquecem os sonhos,
No momento em que a consciência desperta!

A felicidade que se deseja,
É o combustível para amizades sinceras,
Daquelas que nunca desistes ou renegas,
Seja lá onde quer que o amigo esteja!

Feliz dia para quem é vivo e desperto!
E, amor para aqueles que no peito arde,
O sentimento forte, quente e irrequieto.

Mesmo para aquele distante ou que agora parte,
Desejo o melhor dos dias, por certo,
E o amor profundo que no peito dos loucos bate!


Jorge Alberto Neves*
30/10/2010 - 07:51:07

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segunda-feira, outubro 18, 2010

O Doce Momento Apaixonado

Quanta beleza há.
Nas juras de um casal enamorado.


Tão fascinados em sua ternura,
Que nem percebem o terror das dores alheias...!


Os olhos brilham,
Os dois suspiram
Bailados no doce amor
Dos gestos e das palavras,
De um doce momento apaixonado!


Jorge Alberto Neves*
16/10/2010 - 20:00:20


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segunda-feira, outubro 11, 2010

Poema para um Aniversário

A passagem de teus anos,
É como o fermento de um vinho antigo,
Que aperfeiçoa tua essência de fêmea,
E te cria uma aura de santa, de divina!

A idade te cai bem,
Como o reconhecimento de teu sucesso,
Na arte do Amar, do Ter e do Poder!

És a dama linda que encontro todas as noites...
... és minha mulher eterna a morar em
Meu abraço apaixonado!

Ainda agora eras uma menina...
Já, mulher, me és ainda mais preciosa!
Tal como o diamante que um dia achei em meio ao caos,
De tantas dores e lutas que eram minha vida sem ti!

Hoje, teu dia é mágico!
Tal qual teu olhar amoroso...
Em teu aniversário tão lindo e formoso,
A emocionar o homem que te ama,
No privilégio de poder te chamar, minha!

 
Jorge Alberto Neves*
11/10/2010 - 13:50:33

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sábado, outubro 02, 2010

Desencontros

Minhas mãos não te encontram,
E meus lábios já não te alcançam!
Sigo meus passos na lembrança
De teus olhos lindos!

Nos desencontros perdidos de idas e vindas,
Nossas peles não se tocam,
Deixando a dor calada e angustiada,
Vivendo num canto do coração!

Quando vou, tu já voltas.
Quando volto, tu és quem parte!
Nossos peitos não merecem tanta dor!
Hei de, uma vez, beijá-la fora de meus delírios...

Nosso amor é um sonho irrealizado,
Como em poemas e romances bem antigos!
Que nos causam a angústia de um encontro,
Ainda que breve,
Para poder viver o amor,
Da forma intensa que merece!

Mas os desencontros são infindos,
Doloridos, corroídos e eternos,
Torturando meu peito que te deseja em paixão!


Jorge Alberto Neves*
02/10/2010 - 08:01:20


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quinta-feira, setembro 23, 2010

A Mão Que Já Não Toca...

Eu finjo e sinto em linhas tortas,
O amor de um passado antigo que já não importa,
Na lembrança doída e distante,
Que me corta o peito qual dor lancinante.

Em imagens e sons que já não existem,
O amor passado, sofrido que ainda insiste,
Voltar à memória do que é agora,
Sem ver que já é morto, foi embora!

A mão distante já não toca,
E a imagem borrada, o olhar já não foca.
Está perdida tal como uma obra esquecida.

Entre os livros de uma estante que já não importa,
Pois passado que é de uma vida,
Distante e sofrida.


 
Jorge Alberto Neves*
15/09/2010 - 08:34:10

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As Formigas

O tempo são estas formigas
Passando por uma trilha
Sobre a mesa onde como.

E sempre estou perdido em um tempo qualquer,
Pois não tenho mais nenhuma referência do
Onde, do quando e do quem sou ou estou!

Perdi-me! Esta é a verdade!
Nada mais sei, pois nada quero,
Mais nada, há em mim!

Cansei-me de mim mesmo
Como um asco que me
Repugna para o que me tornei,
Mais do que para o que eu deveria ser...

Depois...
O depois já não mais existe
Pois as formigas se foram,
Sem deixar nenhum rastro para trás!

 
Jorge Alberto Neves* 
13/07/2009 - 22:43:34

*obra protegida por copyright

sábado, setembro 18, 2010

Rabiscos Pretenciosos

Escrevo na pretensão de achar que meus rabiscos
Tornariam o papel mais digno
Do que o vazio de sua brancura

Quanta prepotência há no poeta que pensa
Ter seus sentimentos a dignidade de
Serem lidos por alguém...!

Como podemos ser tão arrogantes, quando
Não percebemos a leveza do vôo da ave,
A magia do correr do rio
E o fascínio que impõe a lua
Ao coração dos casais apaixonados...

Quanta tolice há no peito do poderoso
Que pensando controlar os seres, não
Alcança ser o senhor de seus instintos...!

…! Quão triste é a imprudência de nos
Entregarmos aos momentos da paixão, na
Cegueira que nos confunde com o amor...!

Tolices! Tolices! Tolices!

Palavras soltas e vagas a deplorar
A alma e a cândida virgindade
De uma folha de papel em branco...


Jorge Alberto Neves*

17/07/00 - 12:03:43
*obra protegida por copyright

Não Mais Posso Me Perder

Não mais posso me perder
Em conceitos que agrilhoam
A alma dos que nada sabem...

Vi o pedaço que me cabia
Do todo da verdade que não existe.

Nenhum conceito me dará sabedoria
De que em nada está o tudo
Que sempre busquei!

Hoje me vejo
Reconheço meu rosto que não sou eu!
Desconheço tudo o que digo ser...
… Nada do que diga fará sentido,
Na forma limitada das palavras
Tentando compreender a glória
Do que não posso mais fazer.



Jorge Alberto Neves*

28/10/2003 - 23:11:01
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Poesia d'Além Mar

Minha Bíblia é a Poesia Lusitana,
Na qual "Os Lusíadas", de Camões, é o Antigo Testamento,
E Fernando Pessoa,
Junto com Alberto Caeiro, Alvaro de Campos e Ricardo Reis,
(seus heteônimos)
São os Evangelistas a compor o Novo Testamento.

São versos soltos a contar de um povo,
Toda a sorte, orgulho, valentia e morte,
Perdidos por mares nunca d'antes navegados,
E regressando, quando o logravam,
De terras já muito idas e distantes!

Eis que luso que sou, me faço vivo,
Nas linhas de Pessoa, de Camões de de tantos outros,
Que dão ao povo extremo orgulho e gosto,
De serem desta terra, filhos com extremo amor!

Que venham mares e terras por se descobrir!
Eis aqui, o povo valente e desbravador!
Cuja história cantada em versos loucos,
É lembrada para sempre, no peito de todos!


 Jorge Alberto Neves*


18/09/2010 - 10:33:10
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terça-feira, setembro 07, 2010

O Partir e o Voltar

Ai que da partida só me fica a dor
E da volta, a esperança já sentida!

Parto, agora, para longe,
Mas volto para o porto que não deixei!

Meu coração é a nau com velas cheias
Embalada ao vento da Paixão e do Amor,
Leva meu barco aos mares distantes
Deixa a saudade de quem no porto ficou!

Ao olhar o céu estrelado,
Guio o meu rumo a dentro ao mar!

Limpo do rosto as lágrimas já roladas
Boto na face um sorriso bem lambido pelo vento...!

Eu já volto, não mais parto!
Vejo ao longe meu porto querido e amado!


Jorge Alberto Neves*
08.10.2004 – 10:34:30

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domingo, setembro 05, 2010

Permita-me Encontrar

(I)

Permita-me encontrar
a doçura em teus olhos.
Permita-me refrescar-me
na suavidade de teu cheiro...
Permita-me repousar
na maciez de teu colo.
Permita-me ser completo
na metade de minha existência
que encontrei em teu coração.

So assim serei eterno
posto que tua pureza me fez vivo!
...
Louco, alucinado às alturas,
pois meu combustível é teu
bem querer!

Mágico, intocado e amante
no sonho de possuir-te minha,
menina e mulher
de meus devaneios noturnos...


(II)

No sonho que tive à noite,
tu caminhavas, linda,
por entre flores, num bosque
e os pássaros e outros animais
vinham felizes celebrar tua doçura...!

Quando acordei,
vi que eras meu mistério profundo.
A chave de minha alquimia,
qual fórmula antiga, indecifrada
vista completa aos olhos iniciados!

... A verdade me brilhou,
e ela tinha a luz de teu sorriso!
... O amor me tocou
e ele tinha o gosto de teus lábios...

Loucura! Fantasia! Paixão!
Devaneios loucos de um alucinado
no coração...!



Jorge Alberto Neves*
30.07.01 - 20:17:24

*obra protegida por copyright

O Poema Que Não Foi

Havia de tê-la escrito
No momento em que me chegou.
Agora, que se foi,
As palavras, para mim,
Estão perdidas.

A poesia nasceu, mas não viveu!
Não a escrevi e, agora, passou.
Não me lembro.
Coisa que não deu fruto, se perdeu!

Obra irrealizada do poeta descuidado!
Perdida! Partiu-se! Morreu!

Existiu natimorta em minha mente,
Mas que, não escrita,
Jaz morta num canto preguiçoso
De minha mão inerte.
Inexistente poesia não escrita
E lida...!


Jorge Alberto Neves*

29.07.02 – 11:22:45

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A Novidade

De tudo o que for novo,
quero ser a novidade...!

Do início de tudo,
quero ser o frisson pelo novo...!

Assim, quero minha vida louca...
... Doce, irresponsável e solta!
Quero a alucinação de ser vivo!
A liberdade do sorriso frouxo...
... O início, o medo e a
inexperiência...!

Quero ser o novo tornando-me
o extremamente velho...!
Assim, desejo o tudo e o nada
na ânsia de produzir
grande obra,
agora, que por primeiro
escrevo poesias em um
caderno novo...!


Jorge Alberto Neves*

10.10.00 - 21:10:10

*obra protegida por copyright