domingo, setembro 11, 2005

O Guerreiro Sem Batalhas

Eu sou um guerreiro sem batalhas,
Largado e esquecido,
Abandonado à sorte,
Sem ao menos ter inimigos a enfrentar.

Os que me amavam e admiravam
Já se foram com os anos que
A tudo corroem e apagam,
Nem lembranças, nem alegrias, nem dores.

Não há mais preces para que volte vivo!
... não há mais velas acesas e
promessas a serem feitas aos Deuses...
Apenas a dor do ser inútil,
Improvável, obsoleto, derrotado...
... o guerreiro vencido pelo tempo!

Nada mais sou senão a lembrança
De meus feitos heróicos.
Sou os versos que compunham aqueles
Que tinham em conta os meus atos!

E hoje, que não há preces, nem velas,
Nem canções, nada sou senão sombra
Alheio a tudo...

Resumido a um inútil guerreiro sem batalhas...!


Jorge Alberto Neves*
13/05/2002 - 00:00:30


*obra protegida por copyright

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Jorge!

Nossa, o guerreiro está de baixo astral, hein?

Êta poeminha triste!

Beijos

Andréa

Anônimo disse...

Me emocionei com esse poema..
lindooo
Bjs Alberto está de parabéns com seus poemas..
tenho muito orgulho de ser sua amiga..