domingo, setembro 11, 2005

A Criança

Foi naquelas mãos infantis
Onde depositei minha vida...
Com um sabor de certeza
Na glória que meu coração alcançaria!

Absolutamente lúcido, entreguei
Minh’alma alucinada
Num sorriso lindo vindo
De lábios tão novos, intocados!

Meus sonhos não se foram...
Ainda agora os vi no peito
Da criança feliz...

Cintilavam feito estrelas da Alta Noite
Como a Via Láctea a banhar o Céu.
E, agora, encontro-me feliz!

Encontro-me naquela criança linda,
Mágica, multiforme,
Sou pleno, cheio, sou eu!

Achei meu coração no peito inocente...!
Encontrei-me na criança feliz que fui!


Jorge Alberto Neves*
04/02/00 – 13:34:05

* obra protegida por copyright

Um comentário:

Anônimo disse...

Jorge

Só hoje pude ler tuas poesias. Todas muito românticas e bonitas; "Adentrando" intensa, explicita e bonita.
A que mais me tocou foi esta, "A Criança", chorei com o último verso: "Achei meu coração no peito inocente...! Encontrei-me na crinça feliz que fui!" Lindo!
Na correria do dia a dia a gente acaba esquecendo como era bom ser criança e que ainda podemos ser aquela criança feliz que um dia fomos - basta fazer a viagem de volta na nossa mente e no nosso coração.
Como te falei eu escrevia poesias nos meus idos tempos de juventude, todas muito românticas.
O meu poeta preferido era J.G.de Araújo Jorge (tenho vários livros dele), entre outros(Cora Coralina, Cecília Meirelles, Álvaro Alves de Farias, etc).
Quando achar meu perdido "caderno de poesias" te mando algumas.
Toda as tuas poesias falam de amor e são muito românticas, como as de J.G.de Araújo Jorge.
Parabéns!